segunda-feira, agosto 22, 2005

Paredes de Coura ao rubro!

Agora, longe do pó, do calor, do barulho ensurdecedor do rádio dos nossos vizinhos que passava um trance esquisito ao acordar e ao deitar, assentei ideias e resumindo, sublinho: Paredes de Coura esteve ao rubro! Apenas vou relatar os concertos... deixo para a cia. as demais peripécias ocorridas durante o festival, como por exemplo não termos água para tomar banho no primeiro dia, 1, 2, 3, diz lá outra vez...

Day 16 - No Name Day! Entro no recinto já a meio de !!! (Chk Chk Chk) e fazemos do monte da inclinação o nosso local de residência musical, o concerto em si foi energético, mas não foi tão bom como lhe pintou o Público, aliás, não concordo com nenhuma das críticas feitas aos concertos do festival. Seguiram-se os Kaiser Chiefs que deram um grande concerto, só lamento não terem tocado antes de FF, como estava previsto, para a noite acabar em grande. Em vez disso tivemos uns The Bravery muito maus... o concerto não deu para aguentar, o alinhamento era chato, a banda era chata, foi uma chatice! E finalmente os grandes, os GIGANTES, Foo Fighters a trazerem, o que mais tarde se viria a confirmar, o melhor concerto do Festival. Alternaram músicas dos 4 últimos albúns, entre improvisações e brincadeiras, e apenas fucking around (como os próprios disseram que estavam a fazer, com direito a Dave na bateria e Taylor na voz) levaram uma multidão ao êxtase. Os primeiros (MXPX) acabarm mesmo por ser os últimos, talvez devido a um atraso, e trouxeram o seu punk-rock para o palco secundário, mas a noite já estava ganha e apenas os ouvi da tenda.

Dia 17 - Rock & Hop Day! Para mim este foi sem dúvida o melhor dia do festival, não houve uma única banda que eu dispensasse, e todas deram bons concertos. The Futurheads abriram bem o dia, pondo o pessoal (que já aguardava por QOTSA) a mexer. Seguiram-se os Hot Hot Heat, banda que eu deseja muito ver mas que para minha infelicidade limitaram-se a despejar o último albúm (Elevator) para ver se o público pegava, e pegou muito bem, foi bom encontrar outros fans desta banda para além de mim, mas tive mesmo pena de não teram tocado outra música doutro albúm ou EP. E vieram os The Arcade Fire surpreendendo tudo e todos com a sua originalidade, tanto sonora como visual. O público já estava embalado, quando os The Roots romperam pelo palco e tocaram quase 2 horas consecutivas, sem pausas, só improvisação. As pessoas que esperavam ouvir as músicas como estam apresentadas nos cds tiveram uma surpresa, a meu ver agradável, e entre novos beats, solos de guitarra e bateria, misturas de Led Zepplin, Chemical Brothers, Ray Charles, entre outros... os The Roots foram a banda que superou todas as minhas expectativas, muito groove, muito funk, muito boa onda, e no fim era unânime o sentimanto da multidão: Já acabou?. Um pouco tristes pelo final do concerto dos The Roots, fomos "forçados" a transformar esses sentimentos novamente, em euforia, com o concerto incendiário de Queens Of The Stone Age. Houve quem só aguentasse 3 músicas lá na frente... Por fim os Pixies, cuja idade e interrupção na sua carreira fez-se notar num concerto de marcar presença. O esforço era enorme, e o facto de terem tocado todos os sucessos da banda contribuiu para que o público alinhasse, mas não convenceu.

Dia 18 - Alternative Day! Chegados ao último dia, todos de barriguinha satisfeita, mas eu ainda ansiosa por ver Nick Cave & The Bad Seeds. Perco novamento as 2 primeiras bandas, The National e outra que veio substituir Killing Joke que cancelaram e chego para ver Juliette And The Licks, um rock ao estilo de Hole, mas a minha cara Juliette que me desculpe, prefiro vê-la no grande ecran do que no palco grande (ela não canta lá muito bem). Vincent Gallo @ Aula Magna JÁ!!! A verdade é que não era um concerto para festival, não há maneira de contornar a realidade, não era, não pegou, o público assobiou, ele tocou menos tempo que o previsto, mas não desanimou... Eu pessoalmente adorei, e desejo que tranquem o homem na Aula Magna para o tornar a ouvir mais à Teresa, no ambiente melodramático das suas composições. E eis que chega Nick, O Senhor, O Génio, O Grande e os não menos grandiosos Bad Seeds (que deveriam alterar o seu nome para Good Seeds). O concerto foi portentoso, o homem é incansável, a banda é incansável (2 baterias!), o coro é incansável, não há maneira de descrever, simplesmente tem de se viver a experiência de assistir a um concerto de Nick Cave. Pedro, desculpa, mas fiquei sem bateria. Ele volta em breve...

1 Comments:

Blogger INF said...

I'm so jealous...
Principalmente pelos Kaiser Chiefs e Nick Cave!
Excelente posta!
bjs

24/8/05 6:09 da tarde

 

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