sábado, outubro 08, 2005

Um mundo chamado Barcelona


Cada vez que vou a Barcelona venho de lá mais apaixonada, e a vontade de lá viver vai saindo do subconsciente...

Como diria alguém que conheço... fantástica! Uma miscigenação de culturas, de estilos, de nacionalidades, de modus vivendi. É sem dúvida uma cidade em que se respira vida!

Percorri a cidade inteira a pé! (os pés da minha mãe, é que não acharam muita piada, e os meus... bom, os meus agradeceram o facto de eu não ter amor ao dinheiro e estarem bem aconchegados!) Senti-me incrivelmente em casa, já não é preciso mapa, nem da Diagonal ou da Gran Gracia para servir de referência... Fiquei vizinha da Casa Batló, da La Predrera, de todas as grifes... valeu-me o bolso de consumista estar vazio! Aquela Passeig de Gracia levar-me-ia à falência num instante, não fora eu já andar em falência-técnica...

Percorrer toda a cidade trouxe-me uma paz incrível, que nunca pensei que fosse possível alcançar a passear num meio urbano! Foi, de facto o que me marcou. A cidade em si, mais do que todos os “pontinhos Gaudi”, que já conhecia, mas que para mostrar à Mãe revisitei, mais do que a fascinante Fundação Miró, que sempre tinha ficado por ver... e que ADOREI! Barcelona é de facto um pequeno mundo! Muitos turistas, obviamente, mas até estes parecem estar enquadrados. Barcelona não é da Catalunha, muito menos da Espanha, mas do Mundo!

Depois de me sentir a transbordar, de repente senti um vazio... é tão estranho estar em Barcelona e não estares aqui comigo... sabes, quando voltares (sim, porque sei que se trata apenas de quando) não sei se não irei contigo...

Bom, e depois veio a lição... a Sambila tem a mania que até habla castellano, mas é mesmo só a mania! Foi à farmácia comprar um penso rápido para os pés da Mãe e pede compressas. A sra. farmacêutica muito simpática indica-me o sítio da farmácia (que parecia mais ali o jumbo, onde cada um tira o que quer e depois leva à caixa) onde estavam as tais compressas! Pois bem, deparei-me com a prateileira dos Evax, Ausonia, etc e tal... claramente, o meu espanhol já teve melhor dias! Se tivesse feito como normalmente e dissesse penso ou pensito, com entoação “espanholesa” teria evitado a risota da minha Mãe e da farmacêutica!